Segundo o levantamento do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), o mercado ilegal fez com que a economia brasileira perdesse R$ 300 bilhões em 2021.
Esse valor se dá pela soma das perdas registradas em 15 setores industriais, que chegam a R$ 205,8 bilhões, e a estimativa dos impostos que deixaram de ser arrecadados, de R$ 94,6 bilhões.
O balanço mostra uma alta de 4,4% em relação à 2020. O setor de vestuário é o que mais registrou alta da ilegalidade, com perdas de R$ 60 bilhões, um aumento de 11% em relação a 2020.
#Pirataria digital
Com o aumento das compras online desencadeado pela pandemia, houve uma reprodução do padrão ilegal também no e-commerce. Isso fez com que as empresas que têm shoppings virtuais (marketplaces) ligadas ao Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), aderissem mais rapidamente ao Guia de Boas Práticas proposto pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria.
Nesse grupo, a discussão sobre a responsabilidade da empresa de combater lojistas virtuais que vendem produtos falsificados ou não autorizados está mais adiantada.
Por outro lado, nas plataformas estrangeiras essa conversa ainda está em fase inicial. No caso de plataformas que vendem produtos de outros países e importam esses itens diretamente ao consumidor final (prática conhecida como cross border), no entanto, é muito comum que as plataformas informem à Receita Federal um valor abaixo do recebido para que não haja recolhimento de impostos.
O levantamento do FNCP é feito desde 2014 e tem como base os dados apontados pelos próprios setores produtivos, que possuem métricas próprias de pesquisas e avaliação de mercado.